​

    O filme The Social Network, produzido por David Fincher, em 2010, com os atores principais Jesse Eisenberg (Mark Zuckerberg), Andrew Garfield (Eduardo Saverin), Justin Timberlake (Sean Parker), Armin Hammer (Tyler Winklevoss e Cameron Winklevoss), Max Minghella (Divya Narendra), aborda o tema verídico da criação do Facebook, tendo sido nomeado para o Oscar de melhor Roteiro Adaptado, de Melhor Ator, de Melhor filme, entre outros.

    A ação deste filme passa-se na Universidade de Harvard, no ano letivo de 2003/2004, onde o conjunto de alunos do 2º ano, mais precisamente 3 amigos (os irmãos Winklevoss e Divya Narendra) surgiram com a ideia de criar uma página onde fosse possível publicar fotos e detalhes das pessoas, como por exemplo o estado cívico, ao que pediram ajuda a Mark, pois assim como estes irmãos, este já era conhecido por muitos alunos da universidade, por ter criado a aplicação Facemash, em vingança da sua ex-namorada, onde os visitantes, por norma do sexo masculino, podiam selecionar as raparigas que eles achavam mais atraentes. Esta proposta passa-se em dezembro de 2003, ao que Mark aceita ajudá-los, ficando responsável pela criação do site. No entanto, Mark tinha outros planos: apoderou-se da ideia destes estudantes, utilizando diferentes códigos e técnicas informáticas inicialmente propostas pelos mesmos e, em fevereiro de 2004, com a ajuda do seu amigo Eduardo Saverin, que investiu com capital financeiro para a criação, lançaram o site chamado “THEFACEBOOK”. O site teve bastante sucesso, espalhando-se a nível mundial. À procura de investidores, Mark, Eduardo, e mais alguns amigos que se foram juntando a eles conhecem Sean Parker, fundador do Napster, que com o seu modo de trabalho, que já lhe tinha causado problemas anteriormente, acaba por conseguir ficar com cerca de 7% das ações da empresa e, propondo a Mark, alteraram o nome para Facebook.

    Posteriormente, os irmãos e o amigo que tinham tido a ideia inicial, colocam a empresa em tribunal, igualmente como o amigo de Mark, Eduardo, devido a problemas causados pelos investidores.  O resto da ação foca-se em mostrar e explicar os acontecimentos que antecederam processo, assim como o decorrer das audiências.

    Na nossa opinião, ao que ao início possa parecer um filme não muito atrativo, acaba por ser bastante revelador e interessante, captando a atenção do espectador e dando a conhecer a verdadeira história de como surgiu o facebook.  Fazendo referência a foto de capa, colocada em cima, em que fala de como não se pode ter muitos amigos sem ter sempre alguns inimigos, este filme dá-nos a oportunidade de perceber de como a obsessão pela fama e, no caso do ator principal, a obsessão pelas redes sociais é capaz de destruir relações e fazer nos acabar sós com os nossos próprios caprichos. Nesta situação em concreto, Mark, não querendo saber do dinheiro que conseguiria vir a ganhar com a sua criação, mas sim querendo ser reconhecido e valorizado pelas pessoas, acaba por dar prioridade aos seus sonhos, passando por cima do seu melhor e único amigo, ignorando os seus conselhos e as suas vontades, destruindo a sua amizade por completo. A nosso ver, este filme ainda representa muito bem o que se passa no mundo real, uma vez que o ser humano dá prioridade ao seu lado egocêntrico, e assim como Mark, consegue atingir grandes feitos, mas acaba por ficar sozinho, passando por cima de quem lhe realmente queria bem. Em suma, o filme está bastante bem conseguido, com uma representação de qualidade e pormenores bastante detalhados à cerca do tema, que capta a nossa atenção até aos últimos minutos, e acabamos por ficar a conhecer a grande história por detrás desta grande invenção.

    Para finalizar esta crítica, recomendamos a visualização do filme, que nos proporciona uma diferente perspetiva de como o mundo real, e mais precisamente, como estas grandes empresas multinacionais funcionam e são geridas por detrás das câmeras, igualmente como uma lição de moral em como não podemos confiar em todas as pessoas que aparentemente nos querem ajudar e querem o nosso bem, e em como devemos valorizar os que desde sempre nos ajudaram, assim como Eduardo ajudou Mark.

​

Autores: Iara Carvalho nº11 e Maria Reis nº20, 12SE1