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Review do filme "Big Eyes"
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    O filme Big Eyes de Tim Burton aborda alguns temas dos quais estamos muito habituados a conviver ou ouvir falar sobre, podemos relacionar o filme com a desigualdade de género e até outros derivados como o direito das mulheres e como o papel da mulher mudou na sociedade com o passar dos anos.
    O filme passa-se entre os anos 1950 e 1960, o filme arranca com uma senhora, Margaret, típica da época que era artista, desenhava e pintava quadros, esta artista pintava quadros de crianças quase sempre com um ar podre ou abandonada, até um pouco sombrio, todas estas que desenhava tinham uns olhos bastante grandes e profundos, ela acreditava que através dos olhos conseguia entender a alma das pessoas, isto porque, quando era criança e sofreu de surdez antes de ser operada, entendia o que as pessoas lhe queriam expressar pelo olhar. Margaret tem uma filha pequena e acaba de se divorciar do marido que ao que parece não a fazia feliz. Mudou de cidade com a filha para construir uma vida nova, é importante relembrar que nesta altura o homem era o pilar da família, uma mãe que não tivesse marido era considerada uma fraude pela sociedade, o homem dominava as mulheres e o mundo, no geral, assim que chegou tentou vender os seus retratos numa feira de arte, mas não tinha muito sucesso, nessa mesma feira estava um homem, um artista, ou pelo menos era assim que se apresentava, pintava ruas e paisagens, algo mais banal.
    O artista dizia ser muito culto, que já tinha viajado pelo mundo e que tinha ido a Paris (cidade muito adorada na época).
Tudo aconteceu muito depressa e por não querer ser uma fraude e este homem lhe parecer perfeito, tratar a sua filha bem, decidiram casar, no Havai.
Após algum tempo de casamento os quadros de Walter, o artista eram uma fraude, ninguém se interessava por estes. Com o passar do tempo, os quadros dos olhos grandes começaram a ser falados. Walter, para vender mais facilmente dizia ser o autor destas obras a todos que as quisessem comprar, dizia a Margaret que era para ser mais fácil vender já que nesta época ninguém comprava obras de uma mulher.
    Foi neste ponto que tudo se começou a arruinar, Walter sempre quis ser um artista famoso, as obras das crianças dos olhos grandes tornaram-se uma revolução no mundo, na televisão, rádio, Jornais, nas ruas da cidade. Enquanto a sua esposa passava horas a fio a produzir milhares de quadros, que assinava com o nome do marido, este estava em entrevistas a gozar da fama e a assumir que eram mesmo obras dele.
Margaret aceitou esta mentira e escondeu-a de todos por anos e anos, até da filha. Que mais tarde conseguiu entrar no estúdio da mãe e confessar que sabia de tudo. Foram anos muito perturbadores afinal ela era a artista mas estava fechada completamente humilhada pelo marido que se aproveitou dela para enriquecer.
Walter após saber que a filha da artista sabe e ser acusado num jornal se fazer obras horríveis, culpa Margaret por falhar na grande obra que ia ser exposta numa grande exposição, depois de beber sem fim, enlouquece de vez e tenta incendiar o quarto onde está a esposa e a filha dela.
    Estas conseguem fugir e partem sem nada para o Havai. Margaret converte-se à religião Jeová onde junta forças para denunciar Walter de não ser nenhum artista e de se ter aproveitado das obras desta mesma. Após horas e horas de audiência o juiz decide que aquele julgamento é uma palavra contra a outra e então manda os dois pintarem um quadro dos olhos grandes. Após uma hora a tela de Walter encontrava-se em branco já a de Margaret é mais uma das suas obras da qual dá o nome de prova 224 e recebe finalmente o mérito merecido.
    Perante este filme podemos refletir sobre o quão dominadas as mulheres eram pelo homem, fazendo delas o que queriam, até mesmo na sociedade em que a mulher não tinha quase direitos nem sequer podia ter um emprego ( a maioria deles) ou andar em qualquer sitio sem a autorização do marido.
    Podemos, em suma, concluir que, hoje a igualdade de género esta muito mais acima na escala em comparação com os anos 50 e 60, hoje em dia já somos livres de trabalhar e fazer o que queremos de nós mesmas, enquanto mulheres.

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Autora: Margarida Mimoso nº17

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Big Eyes

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